quarta-feira, 24 de junho de 2009

Desfaz o vento, e o que há por dentro...

Lá vou eu retirar de dentro de mim a última situação que de fato me marcou.
Sabe aquele momento da sua vida que você compara como ''poético'', ''mágico'', ou algo do tipo? Pois bem, viví um desses há cerca de 2, 3 meses atrás... não o dividí com ninguém, a não ser a ''coisa'', que é uma alma especial na minha vida, da qual falarei em futuros blogs. Mas agora decidí dividir com vocês, acho que até agora não tinha descoberto palavras pra descrever o inusitado fato que ocorreu com minha pessoa, mas vamos lá, tentar escrever um pouco sobre o indescretível.

Estava eu, fetebolístico e musical ser, pegando meu amigo metrô, ouvindo o mesmo Capital Inicial de sempre, e indo jogar bola, atividade frequente em meus fins de semana. Até aí normal, certo? Errado. Entrando no metrô, me assentei em um canto que pudesse ter uma vista privilegiada da paisagem; mas a vista que tirou minha atenção durante todo o percurso foi outra. Percebí em uma menina assentada na minha diagonal, uma expressão apertada, sufocada, mas que era difícil de ser interpretada pois a maior ferramente de expressão de sentimentos, o olhar, estava encoberto por um grande óculos escuros daqueles que as meninas tem usado bastante. Pude ver que ela assim como eu ouvia música, e logo comecei a imaginar o que poderia trazer a sensação de tristeza da garota. Seria a música? Seria a música uma consequência de algo triste que tivesse acontecido com ela? Não sei, mas a viagem continuava, e cada vez mais eu me concentrava na alteração dos sinais de mágoa que a face da desamparada garota transcendia. Comecei a traçar uma linha na evolução da expressão dela. Da minha estação até a do futebol, lá se vão 6 paradas do metrô, o que gera um tempo de aproximados 13 minutos. Desde que entrei, até a 3ª estação, a menina manteve uma expressão de tristeza contida, mas, no final da 3ª estação, seus óculos começaram a tremer, e logo a primeira lágrima caiu. Caraca! Era o que eu temia! Não consigo ver ninguém triste, quanto mais chorando... Logo me veio o pensamento: o que fazer para ajudar essa vítima de um fim de namoro conturbado, ou filha de um casal recém separado, ou filha de um pai ausente, ou namorada traída? Como filho de uma quase psicóloga, tenho essa tendência terapêutica. Lá se vai a 4ª estação, e me passa pela cabeça matar a mulher que estava do lado da garota triste para ter a chance de conversar com ela... a mulher do lado dela olhava, olhava, olhava, e nada fazia... e pior do que isso, olha indiscretamente, o que deve causar um desconforto maior ainda, eu ao menos era discrto (ou tentava, pelo menos). Tá, não matei a mulher, mas a angústia era grande, a garota já tinha deixado a décima lágrima escorrer e eu não tinha conseguido fazer algo para melhorar o dia dela... pensei em ligar pra minha mãe para pedir um conselho, de como aconselhar a garota, mas ia ser um tanto quanto louco da minha parte (não que eu não goste de loucuras, mas ah, seria sem noção), e minha estação já se aproximava. Então, como num passe de mágica, reuní todas energias of my body, e, momentos antes das portas se abrirem na minha estação, tomei forças, fui ao lado da garota e disse: ''não fica assim não, não fica assim não''. Gelei total. Sei que a garota não me entendeu, tirou os fones do ouvido e falou: ''desculpe, o que você disse?'', aí repetí ''não fica assim não, por favor''. Daí ela sorriu, possívelmente pela primeira vez no dia, e me disse: ''obrigada''. Nossa, como eu queria vê-la novamente, ter a chance de conversar 5 minutos... sabe quando você fica com a sensação de que, com um pequeno mas importante gesto, conseguiu levar um pouco de paz e conforto à alguém? Ganhei meu dia, tanto que joguei bem na ''peladinha'', algo raro.
O poder de transformar tristeza em felicidade ainda é desconhecido, mas a mágica de fazer lágrimas se converterem em sorrisos, ao menos por um dia, pude experimentar.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Um blog não mais virgem.

Na primeira semana de faculdade (faço jornalismo), ouví dizer que todo aspirante a jornalista deveria ter um blog, e de fato, quando mais novo, eu gostava de escrever frequentemente pras outras pessoas lerem. Por que agora a preguiça, então? Não sei. Criei o blog, mas lá se vai meu 1º período, e até hoje não tinha postado nada. Porém, hoje me veio a vontade de começar a escrever frequentemente, principalmente por ter lido vários blogs legais. Mas, eis que surgem as dúvidas: será que alguém vai ler o que eu escrevo? Comentar? Será que escrevo sobre assuntos pessoais, ou sobre temas de cotidiano, como sociedade, política e história? Não sei [2].
Mas realmente estou decidido a escrever, e colocarei nesse espaço o que estiver passando na minha cabeça, seja sobre minha vida, vidas alheias, sobre o mundo, sobre a galáxia, ou até mesmo, quem sabe, sobre temas que venham a ser sugeridos por vocês, meus futures queridos leitores. Sintam-se à vontade para comentar, mesmo que seja alguma asneira.

Enfim, blog inaugurado, post inicial no ar, e agora pensarei em um tema interessante pra ser tratado no meu segundo post, porém, primeiro sobre algo de útil, rs.

Tchau primeiros leitores, se esse blog for pra frente e eu ganhar o prêmio mundial de blogueiros criativos, me lembrarei muito bem de vocês.